iPhone 11 ou iPhone XR: qual a melhor compra? 📱🤑
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Vamos assumir desde o início que o iPhone 11 Pro é um desperdício de dinheiro. Afinal, estamos a falar de um telemóvel que pode custar 1179€ (tamanho standard, com 64GB) mas que pode ir até aos 1679€, se optar pela versão Max com 512GB.
Então, se no ano passado o iPhone XR acabou por levar a melhor sobre o iPhone XS (pode ler o nosso artigo sobre esta comparação aqui), este ano consideramos que a escolha óbvia pode e deve recair sobre as versões “low cost”, quer de 2018 quer de 2019.
Este ano, já percebeu que escolhemos a versão mais económica. Mas, em comparação com o iPhone XR, qual será que leva a melhor e quais foram os upgrades levados a cabo pela Apple? Eis tudo o que precisa de saber para fazer a compra ideal.
O écran: mais do mesmo!
Enquanto a marca criada por Steve Jobs fez um grande alarido à volta da Super Retina XDR no iPhone 11 Pro e no iPhone 11 Pro Max, a verdade é que nesta secção pouco ou nada mudou relativamente ao iPhone XR. Senão, vejamos as poucas diferenças:
iPhone XR
Ecrã LCD Multi‑Touch integral de 6,1 polegadas (diagonal) com tecnologia IPS
Resolução de 1792x828 píxeis a 326 ppp
Relação de contraste 1400:1 (normal)
Ecrã True Tone
Vasta gama de cores (P3)
Toque háptico
Luminosidade máxima de 625 nits (normal)
Revestimento oleofóbico resistente a dedadas
Compatibilidade com a apresentação de vários idiomas e caracteres em simultâneo
iPhone 11
Ecrã Liquid Retina HD
Ecrã LCD Multi‑Touch integral de 6,1 polegadas (diagonal) com tecnologia IPS
Resolução de 1792x828 píxeis a 326 ppp
Relação de contraste 1400:1 (normal)
Ecrã True Tone
Ecrã com vasta gama de cores (P3)
Toque háptico
Luminosidade máxima de 625 nits (normal)
Revestimento oleofóbico resistente a dedadas
Compatibilidade com a apresentação de vários idiomas e caracteres em simultâneo
No que a mais recente versão do iPhone realmente ganha relativamente ao modelo do ano passado é na função Face ID – o chamado reconhecimento facial, que permite desbloquear o telemóvel e dar permissão a ações. É que o notch no topo do écran não é mais pequeno, mas contém um módulo de última geração que torna esta funcionalidade 30% mais rápida.
Também melhorou o reconhecimento em si mesmo, ou seja, a forma como o aparelho lê os ângulos do rosto está mais apurada – mesmo quando o telemóvel está pousado em cima de uma mesa, por exemplo.
E, já que desbloquear o telemóvel é algo que acontece tantas vezes durante o dia, este pode ser mesmo um benefício.
O design frontal que pouco mudou
Nas dimensões, não houve mudanças em termos gerais. Comecemos precisamente pela sensação visual e de tacto:
iPhone 11
Largura: 75,7 mm
Altura: 150,9 mm
Profundidade: 8,3 mm
Peso: 194 gramas
iPhone XR
Largura: 75,7 mm
Altura: 150,9 mm
Profundidade: 8,3 mm
Peso: 194 gramas
Quer um quer outro são realmente idênticos (só as versões Pro e Pro Max do iPhone 11 ganham peso). E à frente, em termos visuais, rigorosamente nada mudou. O modelo apresentado este ano continua a ter uma moldura mais pequena, graças ao écran LCD, ainda é feito em alumínio (ao contrário das opções Pro), mas o vidro sofreu um grande upgrade... a Apple afirma mesmo que este é o “vidro mais resistente de sempre num smartphone”.
Já na resistência à água, nota-se realmente uma grande evolução. De um metro submerso durante 30 minutos (iPhone XR), o iPhone 11 passa a poder submergir dois metros durante o mesmo período de tempo. Apesar de os dois Pro apresentarem resultados melhores, a versão base é ligeiramente mais atrativa neste aspeto que o XR.
De resto, mantém-se a opção dual sim (um cartão nano físico e um segundo virtual), bem como a porta de entrada do carregador (ou conetor lightning).
Já no que ao som diz respeito, o iPhone 11 tem uma “leitura de áudio espacial” e o iPhone XR apresenta ‘apenas’ uma “estéreo expandida”. Os altifalantes tiveram, de facto, um upgrade.
E as cores?
Em termos de acabamentos, o iPhone 11 tem algumas opções em comum com o iPhone XR: preto, branco, amarelo e o já famoso vermelho com nome próprio, o (Product)Red. O azul e o coral foram substituídos pelo verde e pelo lilás.
À semelhança do que aconteceu no ano passado, as cores das versões mais acessíveis são bem mais interessantes que os tons das versões Pro. Então, se é tudo igual... o que é que torna o iPhone 11 mais feio que o seu antecessor? As câmaras. Vamos falar sobre elas agora.
As câmaras que se tornaram memes
Bem, comecemos pelas boas notícias: elas podem ser feias e alvo de chacota na internet, mas a verdade é que são realmente melhores. Senão, vejamos:
iPhone 11
Câmara TrueDepth
Câmara de 12 MP
Abertura de ƒ/2,2
Modo Retrato com efeito bokeh (fundo desfocado) avançado e Controlo da Profundidade
Iluminação de Retrato com seis efeitos (Natural, Estúdio, Contorno, Palco, Palco Mono e High-Key Mono)
Animoji e Memoji
Gravação de vídeo 4K a 24, 30 ou 60 fps
Gravação de vídeo 1080p HD a 30 ou 60 fps
Compatível com vídeo em câmara lenta para 1080p a 120 fps
HDR inteligente de nova geração para fotografias
Gama dinâmica expandida para vídeos a 30 fps
Estabilização de vídeo cinematográfica (4K, 1080p e 720p)
Fotografias e Live Photos com vasta gama de cores
Retina Flash
Estabilização de imagem automática
Modo contínuo
iPhone XR
Câmara grande angular de 12 MP
Abertura de ƒ/1,8
Zoom digital até 5x
Modo Retrato com efeito bokeh (fundo desfocado) avançado e Controlo da Profundidade
Iluminação de Retrato com três efeitos (Natural, Estúdio, Contorno)
Estabilização ótica de imagem
Objetiva de seis elementos
Flash True Tone LED com sincronização lenta
Fotografias panorâmicas (até 63 MP)
Focagem automática com Focus Pixels
HDR inteligente para fotografias
Fotografias e Live Photos com vasta gama de cores
Correção avançada do efeito de olhos vermelhos
Estabilização de imagem automática
Modo contínuo
Geolocalização de fotografias
Formatos de imagem captados: HEIF e JPEG
A grande angular do iPhone 11 é um ponto atrativo muito forte, tornando este telemóvel brilhante neste aspeto e capaz de capturar grandes paisagens e espaços mais apertados, enquanto que o flash ficou ainda mais brilhante. Com tudo isto, ainda assim, as lentes das versões Pro são bem melhores – principalmente na qualidade do modo retrato.
Assim, não espere uma grande diferença entre o XR e o 11.
Vamos agora deixar-vos alguns memes sobre este tema:
Já quanto ao vídeo, esse deve ser superior aos antecessores. Isto porque agora pode editar-se em tempo real e alterar entre os modos standard e grande angular enquanto se está a filmar.
O único problema? É que as lentes são mesmo feias. Quadrados grossos, câmara tripla, um chorrilho de memes na internet: não há dúvidas de que o design falhou à Apple. Terá sido esta a primeira vez na história da marca?
Já nas câmaras frontais, o tema é bem menos controverso.
iPhone 11
Câmara de 12 MP
Abertura de ƒ/2,2
Modo Retrato com efeito bokeh (fundo desfocado) avançado e Controlo da Profundidade
Iluminação de Retrato com seis efeitos (Natural, Estúdio, Contorno, Palco, Palco Mono e High-Key Mono)
Animoji e Memoji
Gravação de vídeo 4K a 24, 30 ou 60 fps
Gravação de vídeo 1080p HD a 30 ou 60 fps
Compatível com vídeo em câmara lenta para 1080p a 120 fps
HDR inteligente de nova geração para fotografias
Gama dinâmica expandida para vídeos a 30 fps
Estabilização de vídeo cinematográfica (4K, 1080p e 720p)
Fotografias e Live Photos com vasta gama de cores
Retina Flash
Estabilização de imagem automática
Modo contínuo
iPhone XR
Câmara de 7 MP
Abertura de ƒ/2,2
Modo Retrato com efeito bokeh (fundo desfocado) avançado e Controlo da Profundidade
Iluminação de Retrato com seis efeitos (Natural, Estúdio, Contorno, Palco, Palco mono e High-Key mono)
Animoji e Memoji
Gravação de vídeo 1080p HD a 30 ou 60 fps
HDR inteligente para fotografias
Gama dinâmica expandida para vídeos a 30 fps
Estabilização de vídeo cinematográfica (1080p e 720p)
Fotografias e Live Photos com vasta gama de cores
Retina Flash
Estabilização de imagem automática
Modo contínuo
Assim, é óbvio que a Apple instalou uma câmara frontal com maior resolução no iPhone 11 sem comprometer o design, suportando até vídeos em 4K e a tal grande angular que tornará qualquer selfie de grupo numa tarefa muito mais simples. Curiosamente, a empresa ainda criou as ‘slofies’ – um modo de selfie em vídeo e em câmara lenta.
A performance e o software
O tão esperado Modo Noite vem com o novo smartphone da Apple, mas também deverá estar no iPhone XR que tenha instalado o iOS 13. Menos certo é o Deep Fusion, a nova função de processamento de imagem que permite tirar nove fotos quase em simultâneo, utilizando inteligência artificial para combinar os melhores pixéis de cada uma delas. Espera-se que tal deverá competir com o Google Pixel.
Vejamos agora a eficiência de cada um dos modelos:
iPhone 11
Processador A13
Bionic Neural Engine de terceira geração
iPhone XR
Processador A12
Bionic Neural Engine de 2.ª geração
A diferença é, no fundo, de 40% mais eficiência. O 4G LTE do iPhone 11 é significativamente mais rápido que o do iPhone XR. Enquanto a Apple – de forma controversa – deixou de fora o 5G nos seus novos smartphones da gama deste ano, fez este upgrade que torna o novo iPhone cerca de 13% mais rápido que o iPhone XS. Dado que o XR utiliza uma tecnologia ainda mais lenta, estes 13% vão ser ainda mais notórios.
A bateria: dura mais ou nem por isso?
A resposta é sim! O iPhone XR já surpreendeu muita gente, e talvez até muitos dos clientes habituais e fiéis da Apple, ao ter a melhor durabilidade de bateria de todos os smartphones lançados em 2018.
Em 2019, esse recorde é quebrado pelo iPhone 11.
Então vejamos:
iPhone 11
Oferece até mais uma hora de autonomia do que o iPhone XR
Leitura de vídeo até 17 horas
Streaming de vídeo até 10 horas
Leitura de áudio até 65 horas
Carregamento rápido: Carrega até 50% em 30 minutos com o adaptador de 18 W ou superior (vendido separadamente)
Bateria de iões de lítio integrada e recarregável
Carregamento sem fios (funciona com carregadores Qi9)
Carregamento por USB no computador ou por adaptador de corrente
iPhone XR
Oferece até mais 1,5 horas de autonomia do que o iPhone 8 Plus
Autonomia de conversação (sem fios): Até 25 horas
Navegação na internet: Até 15 horas
Leitura de vídeo (sem fios): Até 16 horas
Leitura de áudio (sem fios): Até 65 horas
Carregamento rápido: Carrega até 50% em 30 minutos com o adaptador de 18 W ou superior (vendido à parte)
Bateria de iões de lítio integrada e recarregável
Carregamento sem fios (funciona com carregadores Qi9)
Carregamento por USB no computador ou por adaptador de corrente
A bateria do telemóvel lançado este ano é 5% maior e a combinação disto com um processador 40% mais eficiente faz com que a empresa assuma uma hora extra de vida de bateria, comparando um e outro modelo. O iPhone 11 Pro e a sua versão Max também tiveram grandes aumentos de battery life. Com tudo isto, qualquer telemóvel que dure mais uma hora que o iPhone XR, é um campeão.
E as más notícias? O carregador. Os Pros vêm equipados com carregadores de 18W, enquanto que a versão base – e o iPhone XR – continuam presos ao antigo de 5W. O adaptador para o equipamento mais potente é vendido separadamente.
Há ainda a opção de carregamento sem fios, com 7,5W (os concorrentes já chegam aos 15W).
Armazenamento e preço - o que nos interessa
Vejamos então as diferenças entre a capacidade e o valor monetário de cada um dos modelos:
iPhone 11
64GB – 829€
128GB – 879€
256GB – 999€
iPhone XR
64GB – 739€
128GB – 789€
Em termos gerais, ambos são smartphones relativamente ‘acessíveis’ e a Apple até cortou cerca de 50€ em cada versão do iPhone 11, em comparação com o preço de lançamento do iPhone XR. Assim sendo, um 11 com 64GB custa menos 350€ que a versão Pro e menos 450€ que o Pro Max.
Algo ainda mais chocante: o iPhone XR com 64GB custa pouco mais de metade do iPhone 11 Pro Max (1478€ e 1449€, respetivamente).
Então, valerão a pena as versões Pro? Há quem diga que sim, há quem não concorde. A verdade é que não há diferenças assim tão gritantes que justifiquem as diferenças de preço e, por consequência, esse investimento.
As conclusões
No ano passado, afirmamos que o iPhone XR seria a melhor opção. Este ano, dizemos o mesmo sobre o iPhone 11 – mas o XR continua a ser uma opção muito atrativa.
Pela diferença de preço entre os aparelhos de 2018 e 2019 – cerca de 100€ nas duas opções de armazenamento – a melhor escolha será, obviamente, o iPhone 11. A câmara com grande angular, a frontal com melhorias, uma melhoria na performance geral e aumento da duração da bateria, além da rapidez do 4G, são só benefícios.
De facto, este modelo anda tão próximo das versões Pro que a diferença de preços não faz sentido. Quer no iPhone 11 quer no iPhone XR, falta o 5G – que hoje pode não interessar, mas possivelmente será uma grande falha em 2020 e em 2021 ainda mais.
Por isso, se tiver de escolher, compre o iPhone 11. Opte pelo XR se não puder pagar os 100€ de diferença e ignore as versões 11 Pro, a não ser que, realmente, não precise de fazer contas à vida.
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