Alibaba compra startup alemã - Data Artisans 💰

Alibaba compra startup alemã - Data Artisans 💰

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O grupo chinês Alibaba pagou 90 milhões de euros para adquirir a Data Artisans, uma startup com sede em Berlim que fornece sistemas e dados em streaming à larga escala para empresas.

O negócio foi confirmado, numa primeira fase, pelos meios de comunicação europeus, tendo depois sido certificado pela própria empresa chinesa e pela alemã, através de posts nos seus blogs.

A Data Artisans foi fundada há cerca de cinco anos pela equipa que liderou o desenvolvimento da Apache Flink, que produziu uma tecnologia em open source de processamento de dados em larga escala. Alguns dos clientes mais famosos da companhia são, por exemplo, a Netflix, ING, Uber e o próprio Alibaba.

Grupo chinês Alibaba está a crescer

A multinacional chinesa, que se dedica ao e-commerce, tem trabalhado com a Data Artisans desde 2016, através de trabalho de suporte e das bibliotecas open source, que apoiam a arquitetura e desempenho do software – tal foi assim afirmado pelas duas empresas, nos seus comunicados que confirmaram a aquisição.

Depois de conseguir um recorde de financiamento superior a 6,5 milhões de euros – e em que o próprio Alibaba participou -, o grupo alemão acabou mesmo por ser comprado. Agora, a gigante chinesa deverá, com recursos próprios, apoiar a Data Artisans a atingir novos horizontes com a tecnologia em open source.

Os objetivos devem passar por “expandir para novas áreas que não foram exploradas anteriormente”. “Avançando juntos, a Artisans e o Alibaba não só vão continuar fortes como também irão acelarar as contribuições para a Apache Flink, entre outras”, disseram os co-fundadores Kostas Tzoumas e Stephan Ewen.

Para marcar o início desta nova era, o Alibaba está comprometido em providenciar os serviços dos seus developers internos à Flink. “Ao aproveitar o conhecimento e a tecnologia de ambas as equipas e a paixão que partilhamos por desenvolver a comunidade open source, estamos certos de que esta estratégia de aproximação irá fortalecer o crescimento da comunidade da Flink, melhorando as tecnologias de processamento de dados e ajudando a reforçar um ambiente aberto, colaborativo e construtivo para os developers de todo o mundo, que são apaixonados pelo processo de stream e por fornecer aplicações em tempo real para empresas modernas”, afirmou Jingren Zhou, vice-presidente do Alibaba Group, em comunicado.

A startup Flink vai beneficiar desta aquisição

Este negócio agora concluído provém do investimento feito pelo grupo chinês na MariaDB, em 2017. Trata-se de uma startup, também em regime de open source, conhecida por oferecer as mais populares alternativas ao MySQL, um sistema de gestão de dados.

Apesar de não ter sido uma aquisição total, a parceria já originou trabalhos conjuntos em novos produtos para a comunidade, e esse é também o objetivo agora. “Especialmente numa altura em muitas tecnologias de fonte aberta e empresas decidem apoiar-se numa abordagem menos colaborativa e mais fechada, é realmente ótimo ver o Alibaba comprometido nesta área e na nossa missão, ansioso por levar os avanços tecnológicos da Flink a um nível mais elevado”, disseram ainda Tzoumas e Ewen.

Mover-se para um plano open source e infraestruturas tecnológicas faz sentido para o Alibaba, que é mais conhecido pelo e-commerce mas também opera nas áreas de negócio em clouds, serviços de streaming e muitos outros. Com lucros de aproximadamente 3 mil milhões de euros, a companhia chinesa terá, certamente, capacidade financeira para seguir esta estratégia.

Questionado pelo site Techrunch sobre o porquê de adquirir em vez de continuar a parceria ou investimento pontual, Zhou respondeu que confia nas capacidades conjuntas para contribuir para a Flink, quer em termos de tecnologia, quer em termos de desenvolvimento da comunidade. “É a visão que partilhamos e a relação efetiva de trabalho que juntou as duas equipas”, garante, adiantando ainda que aprecia “o que se aprende em conjunto” e a forma como a comunidade está mais diversificada.

E como é que o Alibaba responde às preocupações dos developers, que temem pelo facto desta ser uma das maiores empresas tecnológicas do mundo com sede na China? “Tencionamos continuar a manter o respeito absoluto pelo espírito da comunidade da Apache Flink, como temos – Alibaba e Data Artisans – vindo a fazer nos últimos anos em que colaboramos”, promete o vice-presidente da empresa.

Aparentemente, e do ponto de vista tecnológico, este pode mesmo ser um momento de rejubilo para developers em todo o mundo.

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Catarina Sousa

A former journalist on newspapers and TV, now publicist and creative mind at her own agency. Passionate about writing, creating ads and watch Law & Order. Married, mom of two adorable cats.
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