Dicas para escolher o nome da sua nova empresa 🤔
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À medida a que os anos vão passando, os nomes das empresas – principalmente as startups – têm ficado cada vez mais fora do normal. Obviamente que este não é um facto cientÃfico comprovado, mas tal é algo que cada vez mais salta à vista.
Erros ortográficos propositados e de forma criativa, nomes de animais, nomes próprios, palavras inventadas, advérbios e combinações de letras. Tudo parece estar a valer e, agora, tudo nos parece estranhamente comum.
Pense, por exemplo, em nomes como Google, Airbnb e até Whatsapp, que pareciam esquisitos no inÃcio, mas que agora fazem totalmente parte do nosso vocabulário quotidiano.
Por outro lado, há uma outra tendência crescente precisamente no sentido oposto: dar nomes ditos normais ou convencionais às empresas recém-criadas.
O website DomainScope agregou os nomes mais registados, nos últimos três meses. Vemos, assim, que shop e home estão no top das tendências – e isto indica uma inclinação para designações em inglês, o que se pode explicar com a necessidade das empresas nacionais de exportar produtos ou o facto de as lojas online se direcionarem a um público cada vez mais global.
A acompanhar estas palavras, geralmente têm surgido outras simples, que imediatamente digam ao público aquilo que podem encontrar no site, no espaço fÃsico ou nas redes sociais da marca.
Se está à procura do nome ideal para a sua empresa de fabrico de bolos, hambúrgueres artesanais ou até para uma florista, veja as dicas que preparamos para si.
Erros propositados
Durante muito tempo, assistimos a uma vasta utilização de nomes escritos de forma propositadamente errada – tal é mais comum em startups, principalmente internacionais. O Tumblr e o Flickr são um bom exemplo disso mesmo.
Por aqui, porém, isto não é tão fora do comum. Quer seja pela criatividade ou porque o domÃnio pretendido não está disponÃvel, muitos empresários deixam vogais de fora ou trocam letras por outras de som igual, no momento de darem um nome à marca.
Veja o que fez a Clin, empresa de Paços de Ferreira especialista em limpezas: tornando o verbo ‘clean’ (que em inglês significa ‘limpar’ ou ‘limpo’) em algo de som semelhante, substituindo duas vogais por uma, ganhou uma denominação única e até mais simples.
Senso de humor
Brincar com as palavras – quer seja com o seu significado ou com o som delas – pode ser um dos caminhos para chegar a um bom naming.
O BarTolo, na Foz do Douro, teve isto em consideração. Sendo importante mostrar que se trata de um pub, usou as palavras bar e tolo, chegou a um resultado com duas interpretações possÃveis: o bar que é tolo ou Bartolo, um nome masculino.
Também o recém-chegado ao Porto TGB aproveita esta dica – que funciona muito bem por se tratar de uma zona do paÃs onde se trocam os ‘v’ pelos ‘b’. Trata-se de um franchising e é o acrónimo de The Good Burguer.
Lá de fora, mais precisamente do Brasil, chega-nos mais um ótimo exemplar deste truque. Gabriel Lima é chef de cozinha e tem SÃndrome de Down. Na altura de escolher o nome para a sua empresa de brigadeiros, a criatividade falou mais alto: hoje, o jovem de 22 anos é dono da Downlicia.
Palavras inventadas que parecem reais
Em inglês, diz o dicionário Oxford, existem mais de 170 mil palavras que ainda não são obsoletas. As startups, no entanto, parecem querer mais.
Nesse sentido, uma das tendências a que temos vindo a assistir é a criação de nomes utilizando palavras que não existem, mas que ainda assim parecem reais.
Em Portugal, nomes deste género encontram-se facilmente na base de dados da plataforma Empresa na Hora, onde tropeçamos num Esboçopódio, num RecentÃdolo e até numa Elegantefolia.
Uma das vantagens de optar por nomes assim, de acordo com os especialistas, é que é mais simples colocar estas palavras acima no ranking do Google.
Simplicidade
Esquecendo algo arriscado e rebelde, vemos também exemplos de empresas que optaram por nomes simples e que dizem tudo – ou que não digam nada do que a empresa faz, mas pelo menos ficam na cabeça.
Isto é o equivalente a chamar ‘Café’ a um café, ou ‘Oficina’ a uma oficina.
Muitas vezes, isto pode parecer básico – mas resulta para chamar a atenção do público. No exterior, também vemos estes exemplos: a Decent é uma startup dedicada a seguros de saúde, a Chief é um grupo de networking para mulheres e a Journal é uma ferramenta para organizar notas.
Frequentemente, no momento de definir qual será o endereço para o website, quem opta por nomes deste tipo acrescenta um prefixo (joinchief.com e usejournal.com).
Utilize ferramentas de apoio
Existem vários websites que o podem ajudar a definir como quer chamar a sua empresa. O Oberlo, o Shopify e o Wordlab são algumas das plataformas que disponibilizam esse serviço. Basta colocar uma palavra que quer mesmo utilizar e elas apresentam-lhe uma lista de soluções.
Uma breve pesquisa no Google por sites que geram nomes será suficiente para encontrar o nome ideal.
Para onde caminhamos?
O que podemos dizer é que as tendências vêm e vão. O que definitivamente não deve fazer é optar por junção de nomes de sócios (para evitar ter de mudar tudo, caso se separem), datar ou especificar a localização – caso o faça, pode limitar o alcance que tem junto do público.
Os nomes noutras lÃnguas também devem ser pensados com muita atenção. Os estrangeirismos são aceites e sabemos que muitas pessoas já percebem inglês, mas fundamental mesmo é colocar-se do lado do seu público-alvo: estes potenciais clientes entendem o que a minha marca quer dizer?
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